Foi por uma denúncia anônima que a Brigada Militar conseguiu prender os suspeitos de participarem da perseguição resultou na morte de uma idosa, nas Rota do Sol, em Caxias do Sul. A vítima, Santa Elisia Cortez Alonso, de 62 anos, estava no banco de trás do C3 dirigido por Andrigo Gabriel de Melo, 28, que também foi atingido. Uma outra mulher também estava no veículo, mas não foi ferida. Os sobreviventes indicaram que os tiros vieram de um Corolla bege.
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Depois do episódio, a BM recebeu uma denúncia via 190 de que tripulantes de um Corolla bege haviam estacionado o veículo em uma residência da Rua Alfonso Almeida, bairro Mariland. Ao denunciante, causou estranhamento a conduta dos suspeitos, que usavam luvas e cobriram o carro com uma lona preta.
Os policiais cercaram a residência e prenderam dois homens, de 24 e 21 anos, e uma mulher, de 28. Os rapazes tentaram fugir e foram detidos a uma quadra da casa. Em um dos quartos, a polícia encontrou um arsenal de armas enrolados em um cobertor: miguelitos, rádio na frequência da BM, quatro armas longas (duas espingardas calibre 12, um rifle calibre 22 e um fuzil 762), duas pistolas (uma calibre 380 e outra 45), um colete balístico e munições.
O Corolla apreendido tinha sido roubado no dia 1º de outubro deste ano, em frente a uma residência na Rua Professora Honorina Soares Dutra, no bairro São José, em Caxias. O veículo foi reconhecido por uma das testemunhas como o usado durante a perseguição.
- Normalmente, esse arsenal de armas é usado por quadrilhas de roubos a carros-fortes ou bancos. A investigação deve apontar para que seriam usadas essas armas, a motivação do homicídio e para quem os tiros eram dirigidos - explica o delegado Ives Trindade.
Os disparos contra o C3 atingiram principalmente o lado do motorista. Porém, como o veículo tinha película, não há certeza se o alvo era mesmo o condutor, Andrigo Gabriel de Melo, que não é o proprietário do carro.
A polícia civil deu o flagrante por posse de armas, receptação e associação criminosa. Por serem suspeitos do homicídio, o delegado Ives Trindade vai pedir que a Justiça os mantenha presos para investigação da polícia civil. Ele solicitou também exame residual para verificar vestígios de pólvora nas mãos do trio.
À polícia, informalmente, a mulher disse que só havia dormido na casa. Os dois homens negaram participação no homicídio e declararam que só cuidavam da residência e do carro.
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