Flavia Noal
A Justiça determinou que o Instituto Geral de Perícias (IGP) faça a exumação do corpo de um menino de 1 ano e cinco meses que morreu depois de se acidentar na escola de educação infantil Pinguinho de Gente, em Guaporé, em setembro de 2014. A informação foi confirmada pelo Ministério Público (MP), que fez o pedido. A promotoria só vai se manifestar sobre o caso depois do resultado.
Outra solicitação para exumar o corpo já tinha sido feita pela Polícia Civil, mas foi negada pelo IGP. Segundo o delegado Tiago Albuquerque, a justificativa foi que o exame não colaboraria para esclarecer o caso. O pedido do procedimento foi motivado por divergências entre laudos sobre a causa da morte do bebê. A necropsia apontou que o menino morreu em função de traumatismo cranioencefálico. Porém, outra análise do IGP sugeriu que a fratura na cabeça era pequena para resultar na morte.
Apesar da negativa da exumação, a Polícia Civil concluiu o inquérito. Um servidor da prefeitura foi indiciado por homicídio culposo. A Polícia Civil não divulgou o nome dele. Conforme o delegado Tiago Albuquerque, o indiciado soltou arames que prediam o móvel que caiu sobre a criança. A conclusão é que ele realizava manutenção na sala quando saiu para pedir auxílio no serviço. Então, o móvel solto caiu e causou a lesão na cabeça da criança.
Sobre o atendimento médico, o delegado avaliou que não há motivos para o indiciamento de profissionais que atenderam o bebê. A família sustenta que buscou atendimento médico no hospital por três vezes e o menino foi liberado. Apenas na quarta vez, ele ficou internado, mas não resistiu. Segundo Albuquerque, todos os exames indicados nesse tipo de caso foram realizados e passaram por avaliação de quatro médicos e de um cirurgião-dentista.