A promotora de Justiça Sílvia Regina Becker Pinto afirma que Wagner Marcarini, 34 anos, premeditou a morte da estudante Jéssica Oliveira, 17. O julgamento começou na manhã desta terça-feira e só deve terminar à noite. A sessão ocorre no Tribunal do Júri do Fórum de Caxias do Sul.
A tese da acusação é de que o acusado tinha consciência do que estava fazendo em 11 de agosto de 2011, data do crime. Segundo Sílvia, o réu ficou uma hora na frente da casa da adolescente com o carro estacionado. Depois, pegou a garota em uma parada de ônibus. Em seguida, aplicou na garota um golpe chamado de triângulo de mão. Jéssica desmaiou. Com um fio de luz, ele a estrangulou e deixou o corpo em matagal.
Conforme a promotora, laudos de psiquiatras forenses concluíram que Marcarini não teve surto psicótico.
- Ela (Jéssica) achava que era uma carona e estava indo para a morte - disse a promotora.
O réu admite o crime, mas não lembra detalhes. Segundo a denúncia do Ministério Público, a estudante foi morta por Marcarini porque ele não aceitou o fim do relacionamento de mais de três anos. Ele a abordou em uma parada de ônibus próxima à casa dela, no bairro Fátima, e ofereceu carona até o Instituto Educacional Cristóvão de Mendoza, onde a garota cursava magistério.
No entanto, o ex-namorado parou o carro e passou a agredi-la. Ele matou Jéssica asfixiada com um fio de luz. Marcarini ainda tirou as roupas da moça e abandonou o corpo em um terreno no loteamento Morada dos Alpes, na região do Fátima.