Wagner Marcarini, 34 anos, acusado de matar uma adolescente em 2011, começou a depor às 14h30min desta terça-feira. Ele admitiu que matou Jéssica, mas que não consegue dar detalhes de como ocorreu a morte. Afirmou que, após uma discussão por causa do celular da vítima, que tocava insistentemente, Jéssica teria mordido ele duas vezes, que então desferiu dois socos no rosto dela.
Ele afirmou que não tinha consciência do que estava fazendo e que não saiu de casa com esse propósito. Admitiu que usou o nome falso "Marcelo" porque já namorava outra mulher, com quem, meses depois, passou a morar junto e manteve união estável.
Essa mulher, que não não vive mais com o acusado, prestou depoimento como testemunha de defesa. Ela contou que fazia tratamento para depressão e que Marcarini passou a tomar parte dos medicamentos dela depois da morte do pai e do tio dele. Eles morreram antes do assassinato de Jéssica.
Segundo Marcarini, ele tinha intenção de se separar da mulher para ficar com Jéssica. Contou, também, que tomava calmantes sem prescrição médica.
O acusado negou as acusações da ex-namorada que depôs como testemunha de acusação, afirmando que ela foi instruída a mentir para prejudicá-lo.
Jéssica foi morta por Marcarini porque ele não aceitou o fim do relacionamento de mais de dois anos. Ele a abordou em uma parada de ônibus próxima à casa dela, no bairro Fátima, e ofereceu carona até o Instituto Educacional Cristóvão de Mendoza, onde a garota cursava magistério. No entanto, o ex-namorado parou o carro e passou a agredi-la. Ele matou Jéssica asfixiada com um fio de luz. Marcarini ainda tirou as roupas da moça e abandonou o corpo em um terreno no loteamento Morada dos Alpes, na região do bairro Fátima.