A Polícia Civil de Caxias do Sul recebeu do Instituto-geral de Perícias o resultado de uma nova perícia que integra o inquérito que apura a morte do assaltante Márcio Nadal Machado, o Cachorrão, de 33 anos. O criminoso foi, supostamente, morto pela aposentada Odete Prá de 87 anos. Ele invadiu o apartamento da idosa no final da tarde de 9 de julho, na área central de Caxias, e foi morto com três tiros. Odete admite ter atirado contra o criminoso.
A perícia encaminhada ao 2º Distrito Policial foi feita no revólver calibre 32, da marca Smith & Wesson, que teria sido usado pela mulher para matar o bandido. A perícia foi realizada para determinar a pressão necessária que deve ser empregada no gatilho para que a arma seja acionada. A arma estaria guardada há mais de 30 anos em um armário no quarto da aposentada. A polícia queria saber se a mulher teria força suficiente para conseguir fazer os disparos.
Entretanto, de acordo com delegado Joigler Paduano, o resultado não foi conclusivo para a investigação. O delegado prefere não adiantar quais serão os próximos passos da investigação. O inquérito segue aberto e não tem data para ser concluído. Uma das linhas da investigação é que a idosa não estaria sozinha no apartamento quando ele foi invadido pelo assaltante.
Em outubro, a Polícia Civil recebeu o resultado do teste residuográfico. O exame procura na pela vestígios de chumbo, bário e antimônio. Os dois metais e o semimetal podem ser encontrados na pele de quem atira com uma arma de fogo. Porém, no caso de Odete, o resultado foi negativo, mesmo com a aposentada alegando não ter lavado as mãos e a perícia assegurando que a coleta foi feita menos de uma hora após os disparos. Entretanto, de acordo com o IGP, o teste negativo não afasta totalmente a possibilidade de a idosa ter atirado.
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