
Ainda não há uma definição de onde os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arnaldo Ballvê, do bairro Santa Lúcia, em Caxias do Sul, irão abrir o ano letivo 2020. Isso porque as obras de reforma total do educandário, iniciadas ainda em agosto de 2019 — com prazo inicial de 180 dias e investimento aproximado de até R$ 1,1 milhão — não serão concluídas até o dia 19 de fevereiro, data de volta às aulas para a rede municipal de ensino.
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Além do atraso que, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed) se deu por conta da lentidão nas obras, um aditivo foi encaminhado e está em fase de licitação. Com a soma de ambos fatores, as obras devem estender-se pelo menos durante os próximos quatro meses. De acordo com a secretária municipal de Educação, Flávia Vergani, os estudantes não ficarão sem aulas e a comunidade escolar será informada assim que houver uma definição.
— Estamos fazendo um estudo de zoneamento e negociando com a 4ª CRE (Coordenadoria Regional de Educação) para nos emprestar uma escola da rede estadual. Eles ainda estão estudando o quadro e nós não descartamos, também, a possibilidade de alugar um local pelo menos para os próximos quatro meses — afirma a secretária.
Segundo ela, em um primeiro momento não foi cogitado a frequência dos estudantes no prédio da escola durante as reformas por questões de segurança e também pelo barulho, que prejudicaria as aulas.
Novo encaminhamento
As obras iniciadas em agosto de 2019, ainda na administração de Daniel Guerra (Republicanos), previa a troca de telhado e do piso, além de incluir o trabalho necessário para obtenção de alvará do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). A expectativa era de que o início das aulas ocorresse com a reforma concluída, porém uma vistoria realizada pela Smed da nova administração municipal identificou o atraso e também constatou a necessidade de reforma nas paredes do prédio.

— As obras andaram em um ritmo lento, ficaram paradas entre 15 de dezembro e 8 de janeiro. Era pra estar tudo pronto para o início do ano letivo, mas mesmo com uma força-tarefa não se conseguiria. A obra em si não finalizaria pro ano letivo e além disso precisou aditar o projeto que estava com problema — afirmou Flávia, que também promoveu vistorias em outras obras executadas por meio da Smed.
De acordo com Flávia, todas as escolas da rede municipal estão sendo vistoriadas com o objetivo de agilizar obras em andamento e também identificar as necessidades de manutenção.