
Cerca de 50 proprietários de lojas e restaurantes de Caxias do Sul se reuniram no largo da prefeitura de Caxias do Sul na manhã desta sexta-feira (24) para pedir maior flexibilidade dentro do modelo de distanciamento controlado. Embora as regras sejam definidas pelo governo do Estado, a intenção era solicitar ao prefeito Flavio Cassina (PSB) uma intermediação das demandas junto ao Piratini.
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A mobilização, que teve como mote a hashtag #somosessenciais começou por volta das 9h e durou cerca de 1h15min. Não houve gritos ou palavras de ordem, apenas a presença dos empresários enquanto representantes dos setores era recebidos por Cassina. Entre as reivindicações está a possibilidade de abertura do comércio com 25% do quadro de funcionários e a permissão de atendimento de um cliente por vendedor. Com relação aos restaurantes, o pedido é que os clientes possam utilizar mesas para se alimentar nos estabelecimentos.
— Tem uns disparates porque com os restaurantes fechados em bandeira vermelha as pessoas ficam comendo em bancos de praças. Não é abrir o buffet para as pessoas se servirem (que queremos), é um local para elas comerem. Foram liberados os restaurantes das estradas, os jogos, então mostra que já houve um avanço. Agora é hora de abrir nas cidades — defende Márcia Cristina Sinigaglia, 53 anos, proprietária de um restaurante no bairro São Pelegrino
Marisa Bonatto, 55, e o marido, Adi Bonatto, 58, também optaram por participar do ato devido às dificuldades que enfrentam desde março na loja de roupas que administram no bairro Cruzeiro. O faturamento está na margem de 30% do normal, insuficiente para pagar os custos de operação e os impostos.
— Não é o comércio que vai aglomerar. 25% do quadro estaria bom, porque você consegue atender pelo menos uma pessoa por vez. Se deixassem as pessoas trabalhar, teria menos gente na rua, que estão cheias. Parece que só o que não pode é trabalhar — desabafa Marisa.
Entre os participantes da reunião com Cassina estava Renato Corso, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Idalice Manchini, presidente do Sindilojas e Vicente Perini, presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (Segh).
— Só o pequeno lojista está pagando esta conta. Com o restaurante e o pequeno lojista fechado, as pessoas estão nas ruas. Não somos contra supermercados abertos ou realização de Gre-Nal, mas precisamos de igualdade. O fundamental é salvar vidas, mas temos que salvar as empresas também — afirma Corso.
Perini enfatiza:
— Tem até turistas que não estão podendo comer dentro dos restaurantes.
De acordo com os empresários, o prefeito disse que as flexibilizações no comércio estão em negociação com o governo do Estado, mas que é preciso aguardar até segunda-feira (27) para verificar qual será a próxima bandeira. A versão foi confirmada pela prefeitura.