Bruna Viesseri
Vivendo no RS há oito anos, o haitiano Jacques Thomas Laurent, 29 anos, mantinha uma rotina simples. Técnico em enfermagem, ele trabalhava na Santa Casa de Porto Alegre. Quando não estava no hospital, se dedicava aos estudos no curso de Ciência Política, área que tomou gosto por influência do pai, quando ainda era menino. Conforme um irmão, Laurent aproveitava qualquer hora vaga e finais de semana para ler e focar em aprendizado. A dedicação era visível, e o próprio hospital onde ele trabalhava o descreveu como alguém esforçado, uma "pessoa extremamente gentil e responsável no exercício das atividades". No último sábado (2), no entanto, quando estaria se deslocando até o trabalho, o jovem teve os planos interrompidos. Em um assalto, em que um criminoso tentava levar seu celular, foi baleado e não resistiu. O estrangeiro deixa uma filha de cinco anos.
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