Ciro Fabres
A cidade e o ambiente político de Caxias do Sul ficaram sabendo por volta das 17h30min de segunda-feira da renúncia do vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu (PRB). Fabris entregou a carta-renúncia na recepção da Câmara. Foi um enorme solavanco político. Mas não dá para dizer que houve exatamente uma surpresa. Os sinais estavam no ar há bastante tempo e se avolumaram desde que Fabris não foi o escolhido para a Secretaria de Segurança Pública – objeto de desejo do vice.Em entrevista do Pioneiro com os então candidatos a vice, no período de campanha, foi perguntado a Ricardo Fabris:
"Qual marca o senhor pretende deixar se for eleito vice-prefeito?" A resposta: "Um vice-prefeito que iniciou o processo de municipalização da polícia, que mudou a forma como a segurança pública é pensada no município".
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Isso é tarefa para um secretário de Segurança, função para a qual Fabris não foi convocado pelo prefeito Daniel Guerra (PRB).
A partir desta escolha do prefeito, os sinais começaram. O mais visível e sintomático deles foi o perfil do Twitter de Fabris, onde escreveu “vice-prefeito por alguns dias”.