Após ser reconduzido à presidência nacional do PSDB neste domingo, o senador Aécio Neves (MG) fez um discurso inflamado sinalizando que o partido vai trabalhar para pôr fim ao governo da presidente Dilma Rousseff. Sem falar a palavra impeachment, Aécio afirmou que a oposição "não esmoreceu" e que o PSDB pretende dar uma resposta "responsável e corajosa" à sociedade.
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Em sua fala, o tucano acusou o PT de montar um "modos operandi" , no qual "vale tudo" para continuar no poder, e que isso colocava sob suspeita os recursos recebidos pela campanha que elegeu Dilma e o vice-presidente, Michel Temer, no ano passado.
- Os sucessivos escândalos que aí estão consolidam a ideia de que se instalou no Brasil um modos operandi organizado e sistematizado em que vale tudo para se manter no poder, e que agora coloca sob gravíssima suspeição a campanha que elegeu a atual presidente da República e seu vice - disse.
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Apesar de afirmar que o desfecho da crise política "não depende do PSDB", Aécio disse em entrevista na saída do ato que o partido "está pronto para assumir sua responsabilidade".
- Não cabe ao PSDB antecipar a saída da presidente. Não somos golpistas - disse o tucano.
Em diversas oportunidades, Aécio sugeriu que Dilma deixaria o governo antes de 2018, quando estão previstas as novas eleições presidenciais.
- Ao final do seu governo, que eu não sei quando ocorrerá, talvez mais breve do que alguns imaginam, os brasileiros terão ficado mais pobres - afirmou.
No evento, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acusou o PT de "quebrar o Brasil" e deixou claro que o PSDB vive hoje a expectativa concreta de chegar ao poder antes de 2018.
- Estamos prontos para assumir o que vier pela frente. Precisamos ir até o fim para que o Brasil seja passado a limpo - afirmou.
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