Marcos Kirst
Em um de seus romances mais significativos, “Cécile” (1811), o político, pensador e escritor franco-suíço Benjamin Constant (1767 – 1830) – que não deve ser confundido com o militar e político brasileiro homônimo (1836 – 1891), até porque o brasileiro recebeu o nome em homenagem ao seu predecessor europeu –, induz um de seus personagens, o senhor de Langallerie (que existiu na vida real), a refletir sobre um aspecto crucial das questões filosóficas que afligem a humanidade desde que, oriundos das cavernas, fomos iluminados magicamente pela consciência de nossa própria existência. Diz assim, o senhor de Langallerie: “Não se poderá negar que existe um poder, exterior a você, mais forte que você. Pois bem, a única maneira de encontrar a felicidade neste mundo é estar em harmonia com esse poder”.
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