Marcos Kirst
Súbito, desaprendi. Sabemos que o aprendizado de uma atividade se dá primordialmente com a prática constante, com o acumular da experiência, com o sedimentar do proceder. Apossamo-nos do conhecimento e passamos a ter segurança em relação a ele; é assim que se dá. O que não tem explicação, ao menos, não de forma tão instantânea, é o súbito desaprender, a puxada de tapete da memória; o voo ingrato e sem aviso, para longe, da habilidade até então tida como definitivamente apreendida e integrante perene de nossa constituição pessoal, psíquica e prática. Ora, como assim?
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