Marcos Kirst
Fazia tempo que elas não se manifestavam, achava até que haviam me esquecido ou, na melhor das hipóteses, me perdoado pelos erros do passado, só que não: ela seguem vivas, vívidas, na ativa e atiladas, como sempre, e, ao que tudo indica, sustentando um renovado asco mesclado com ojeriza pelos textos de segunda que pratico aqui neste espaço já há quase uma década, indiferente ao fato, tantas vezes externado por elas, de que não possuem mais o fôlego necessário para acompanhar do início ao fim a extensão quilométrica de alguns dos períodos que me ponho a escrever, permeando intercalações com vírgulas, traços e ponto-e-vírgulas, que lhes sacrificam os pulmões e lhes desatinam a capacidade de compreender que diabos, afinal, eu queria dizer desde o começo da frase.
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