Não há nada que impeça a venda do casarão das famílias Cesa e Valduga em Caxias do Sul. Apesar de manifestação cultural por sua conservação, os donos estão decididos a se desfazer da mansão, construída em 1927. A residência está situada na esquina das Ruas Bento Gonçalves e Dr. Montaury e sofre com a degradação por conta de pichações, viciados em crack e, mais recentemente, quando um ônibus da Visate desgovernado rompeu com o muro da casa.
- Todos dizem para conservá-la, mas não podemos vender só parte do terreno, a casa vai junto - lamenta uma das donas, Maria do Carmo Cesa Valduga, 56 anos.
A diretora do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural da Secretaria da Cultura, Liliana Alberti Henrichs, destaca que o tombamento garante que a mansão não será derrubada, mas o imóvel pertence à família, que tem direito de vender.
- Acredito que existam pessoas interessadas em preservá-la, acho que é só uma questão de acertar valores. Com tantos arquitetos e faculdades de arquitetura, não é possível que esses jovens empreendedores não se motivem para um projeto de restauração diferenciado - apela Liliana.
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