Os apartamentos utilizados por travestis para prostituição no prédio 1587 da Avenida Júlio de Castilhos, no Centro de Caxias do Sul, foram interditados por determinação judicial.
A ordem foi cumprida na manhã desta quinta-feira, durante operação para desarticular organização criminosa que explorava a prostituição de travestis na cidade. Como saldo da operação realizada por Ministério Público (MP), Policia Civil, Brigada Militar e órgãos de fiscalização da prefeitura, não foram encontradas armas, drogas ou menores de idade. Os travestis que ocupavam os apartamentos para se prostituir já foram despejados.
O prédio possui três andares. No térreo, onde funciona um estabelecimento comercial, não há interdição. Parte dos dois andares de cima, onde os travestis se prostituíam, foram interditados.
Ainda não foi divulgado o número exato de travestis que se prostituíam no edifício, mas as primeiras informações dão conta de que eram pelo menos 10. Eles devem ser encaminhados pela Fundação de Assistência Social (FAS) para suas cidades de origem. A maioria teria vindo de Porto Alegre.
O prédio também seria lacrado, mas como ali residem outros moradores sem ligação com a prostituição, não houve o fechamento. No entanto, os proprietários dos apartamentos onde os travestis moravam e se prostituíam foram informados que podem ser responsabilizados caso haja um novo episódio ligado à exploração sexual.
Segundo o MP, a organização criminosa alvo da operação facilitava e agenciava a vinda de travestis para Caxias do Sul. A quadrilha acolhia e alojava essas pessoas em apartamentos e casas, com cobranca de diárias. De acordo com o MP, essa situação caracterizaria tráfico interno de pessoas e violação de direitos humanos. A organização controlaria, entre outros pontos de prostituição, os localizados na Rua Dal Canale e na Avenida Júlio de Castilhos.
A coletiva que detalhará os resultados da operação será´realizada às 15h, na sede do MP.
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