Como alertam donos de bares, a concentração de pessoas nas ruas do Largo da Estação Férrea, no bairro São Pelegrino, é uma bomba prestes a explodir. Mais do que o barulho de automóveis tirando o sossego dos frequentadores e moradores dos arredores, a presença de centenas de jovens em busca de diversão pode também resultar em violência. Isso aconteceu na madrugada de sábado, na Rua Coronel Flores, perto dos trilhos. André Capoani, 19 anos, foi agredido durante uma briga generalizada, no momento em que a Brigada Militar (BM) não monitorava o Largo da Estação. O rapaz permanece internado em observação no Hospital Pompéia por causa de uma pancada na cabeça, mas passa bem.
A confusão iniciou por volta das 3h30min. Depois da dispersão de pessoas que se agrediam, e outra parcela que tentava apartar a briga, a imagem de um jovem sangrando estirado no asfalto com um corte na cabeça causou pânico em quem passava pela Estação Férrea. O socorro para André demorou cerca de meia hora, seguido da chegada de duas viaturas da BM. Enquanto isso, um médico que estava nas redondezas prestou os primeiros socorros. André permanece em observação no Hospital Pompéia por causa da pancada na cabeça.
- Ele costumava ir ali (na estação) todos os finais de semana, mas nunca houve problema com briga. Moramos perto, por isso ele iria tomar uma cervejinha ali. Mas ele já disse que não quer mais voltar - relatou o pai Nelson Capoani, 56.
Assim que tiver alta, o jovem prestará depoimento na Polícia Civil para que seja investigada as circunstâncias da agressão.
- Eventualmente, isso pode acontecer em qualquer lugar, em razão da nossa ausência, e muitos se aproveitam disso. Mas vamos tentar aumentar a frequência com que passam as viaturas. Mas não tem como deixar policiais lá - ponderou o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), tenente-coronel Júlio César Marobin.
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