Há duas semanas, uma mãe procura motivos para entender o assassinato do filho. Douglas Michael Vingert Adams, 22 anos, levou uma facada nas costas na noite do dia 10 de abril, em Caxias do Sul. A hipótese é de que o jovem teria sido morto por conta do som alto do carro em que estava. A mãe, porém, afirma que o veículo sequer tinha equipamentos de som.
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- Meu filho não era bandido. Era gente do bem, só pensava em trabalhar e cuidar da filha. Eu quero ver o assassino na cadeia - desabafa Fabiana Vingert, 40.
O crime ocorreu na Rua Treze de Junho, no bairro Jardim Eldorado, em Caxias do Sul. Adams, o irmão e um amigo haviam voltado de Ipê, onde auxiliaram na montagem de um guarda-roupa. Quando estacionaram o carro próximo ao prédio onde reside o amigo para descarregar ferramentas, um homem desceu do edifício e esfaqueou o jovem. Supostamente, o assassino teria se irritado com o som do carro.
A família da vítima afirma que não há motivação para o crime. O Uno do irmão de Adams estava a 50 metros da residência do agressor. A mãe cobra a justiça:
- O Douglas não gostava de chamar a atenção, sempre foi conhecido como um menino discreto. Ele trabalhava desde os 12 anos. Fez cursos, tinha dois empregos. A vida dele era essa: trabalho e família - lembra a mãe.
A Polícia Civil já identificou o autor da facada, porém, ainda aguarda o resultado da perícia para pedir a prisão. Em depoimento, o homem alegou legítima defesa. Ele possui passagens pela polícia e não teve o nome divulgado.
- Já solicitamos que os laudos da necropsia sejam antecipados, mas dependemos dos trâmites da Justiça para concluir o caso - afirma o delegado responsável pela investigação, Rodrigo Duarte.
Natural de Rolante, Adams era apaixonado pelo tradicionalismo. Ele colecionava prêmios de dança que ganhou quando morava na cidade de Alegrete. Em Caxias do Sul havia cinco anos, o jovem morava com a mãe e o padrasto. Ele deixou uma filha de um ano e dez meses.
- Eu criei meus filhos para serem homens de bem e meu maior orgulho são eles. Meu menino não merecia isso. Morreu sem nem saber o por quê - desabafa.
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