Desde 2015 Bento Gonçalves está na lista das 19 cidades mais violentas do Estado e, ao lado desses municípios, é prioridade para a Secretaria Estadual de Segurança Pública no combate ao crime. No entanto, somente nos primeiros 46 dias de 2016, seis homicídios já foram registrados, número bem acima da média de um a dois casos mensais na cidade. Tantas mortes chamam a atenção dos moradores, que se manifestam vias redes sociais sobre a violência.
O assassinato mais recente ocorreu na manhã de ontem: Ivan Menezes, 27 anos, foi encontrado morto bairro Glória. Segundo a Polícia Civil, o corpo dele estava em um matagal e apresentava perfurações causadas possivelmente por uma faca.
Conforme o delegado Álvaro Becker, titular do 2º Distrito Policial, tantas mortes violentas assustam. No mesmo período do ano passado, a cidade registrou um assassinato. Em todo 2015, foram 21 casos. Conforme Becker, a Polícia Civil vem tentando retirar das ruas os autores dos crimes, mas não tem como impedir os assassinatos.
- Na maioria dos crimes, os envolvidos já têm passagens pela polícia e a motivação é droga, bebida ou acerto de contas- explica.
Diante do aumento da violência já constatada em 2015, e que vem se repetindo neste início de ano, Bento aprovou o Plano Municipal de Segurança Pública em dezembro passado. O objetivo é apostar em projetos preventivos a longo prazo para diminuir os índices da criminalidade.
Alguns desafios: reduzir os roubos e furtos de veículos, combater a posse e ao tráfico de drogas, diminuir a sensação de impunidade, articular políticas públicas para a juventude em risco e enfrentar a violência contra a mulher.
Segundo o secretário municipal de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, algumas ações já estão em andamento, como o videomonitoramento e o policiamento comunitário.
- Em muitos casos os homicídios estão relacionados a indivíduos já envolvidos com o mundo do crime, e nosso objetivo é trabalhar na base, evitando que os jovens cheguem a esta situação. Todos têm essa sensação de insegurança, mas esperamos que em três ou quatro anos tenhamos a redução desses índices - afirma.
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