A Polícia Civil indiciou um empresário de Caxias do Sul por agiotagem, porte de arma e de munição de uso restrito e permitido. O homem era investigado havia quase dois meses pelo 3º Distrito Policial (3º DP). O delegado responsável pelo caso, Guilherme Gerhardt, não divulgou o nome do indiciado, mas a reportagem apurou que se trata de Darci Simonetto.
Confira as últimas notícias do Pioneiro
No dia 6 de outubro, agentes do 3º Distrito Policial (3º DP) apreenderam no escritório e na cobertura do empresário 1.460 munições de calibres diversos, um fuzil, lunetas especiais para armas, além de cheques e promissórias em nomes de outras pessoas. Esses títulos totalizam cerca de R$ 3 milhões.
Simonetto nega os crimes. No depoimento prestado na delegacia, ele afirmou que não lidava com agiotagem e apenas emprestava dinheiro para conhecidos como forma de auxílio. Garantiu ainda que a munição era usada para a prática de tiro ao prato. Sobre o fuzil, Simonetto justificou que havia fabricado a arma aos poucos.
A explicação não convenceu os investigadores. Conforme o delegado, parte dos títulos apreendidos tem relação com negócios imobiliários e também com empréstimos informais.
- Testemunhas ouvidas na delegacia garantem que o dinheiro era emprestado mediante pagamento de juros de 3,8% acima do juro da poupança - complementa Guilherme.
Simonetto foi enquadrado nos artigos 12 e 16 da Lei do Desarmamento. A pena para porte de munição e arma restritas varia de três anos a seis anos de detenção. No caso de munição de uso permitido, a pena varia de um a três anos de prisão.
O inquérito do 3º DP será analisado pelo Ministério Público, que pode optar pela denúncia contra Simonetto, pedir investigação complementar ou pedir o arquivamento do caso se entender que não há provas da prática dos crimes.
CONTRAPONTO:
A reportagem não conseguiu localizar Darci Simonetto e também seus advogados.
- Mais sobre:
- apreensão
- armas
- polícia civil
- destaque pioneiro