Nesta quarta-feira, ocorre a segunda audiência na Justiça sobre o assassinato do metalúrgico Ivanildo José Araldi, 43 anos. A audiência começa às 9h, na 1ª Vara Criminal, e deve durar o dia inteiro.
Serão ouvidas testemunhas de acusação e defesa e, ao final, os dois réus. Posteriormente, após as diligências finais, a Justiça deve decidir, dentro de alguns dias, se os acusados pelo crime serão levados a julgamento popular.
Segundo investigação da Polícia Civil e denúncia do Ministério Público, o metalúrgico teve a morte encomendada por sua mulher, Roseli de Fátima Pedroso, 35 anos.
Essa conclusão se deve ao depoimento de Cleverson Alves de Moura, 24, supostamente contratado para matar Araldi. Roseli e Moura foram presos em janeiro. Os dois cumprem prisão preventiva.
O metalúrgico desapareceu em 11 de dezembro, quando foi abordado por dois homens armados na porta de casa, no Loteamento Paiquerê, na região do bairro São Vitor Cohab. O veículo dele, uma Ecosport, foi depenado e abandonado em São Leopoldo. Um agricultor localizou o corpo de Araldi no dia 3 de janeiro, em um matagal no interior de Flores da Cunha.
Em depoimento, Moura revelou que a morte do metalúrgico havia sido encomendada por Roseli. Segundo denúncia do Ministério Público, a mulher não tinha mais afeição pelo marido e desejava livrar-se dele. Ainda conforme o MP, Moura ficaria com a caminhonete em troca do assassinato. De acordo com a versão do homem à Polícia Civil, Roseli teria pedido ao comparsa para que desse apenas um tiro na vítima, para simular assalto seguido de morte (latrocínio).
Moura e Roseli foram indiciados por homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver. A Justiça manteve a prisão preventiva da dupla por entender que a custódia é necessária para assegurar a investigação.
O advogado de defesa de Roseli, Ivandro Bitencourt Feijó, mantém a tese de que a mulher é inocente e de que não participou da morte do marido.