Inconsolável, a família do advogado executado a tiros em São Marcos se diz chocada com o crime. Nilton José Roratto, 62 anos, foi morto com cinco disparos de arma de fogo dentro da própria casa por um homem que invadiu a residência durante distração da esposa, que atendia o criminoso na porta.
- Não encontramos sentido para essa brutalidade. Ele era uma pessoa conhecida, de boa convivênvia com as pessoas - lembra Cristiano Roratto, 42 anos, filho do advogado.
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Roratto era natural de Três de Maio (RS) e morava há mais de 30 anos em São Marcos. Durante quase 20 anos foi escrivão judicial do Fórum de São Marcos, depois trabalhou na comarca de Três Cachoeiras e, posteriormente, no Palácio da Justiça, em Porto Alegre, já como contador e distribuidor.
Aposentado, há cinco anos passou a advogar em São Marcos em um escritório na própria residência, onde atuava em causas diversas do ramo do Direito. Trabalhava sozinho e não costumava dar detalhes dos processos em que se envolvia. Por conta disso, a família desconhecia qualquer ameaça contra o advogado.
De acordo com Cristiano, circulam informações de que o assassino já havia rondado a casa dias antes do crime, não confirmadas pela polícia ou pela atual esposa da vítima, que diz não conhecer o autor do homicídio.
Roratto adorava São Marcos e, mesmo quando trabalhou em comarcas de outras cidades, sempre manteve a família na cidade. Teve quatro filhos - todos homens - com a primeira esposa, morta há mais de 20 anos, e tinha três netos. Chegou a receber o título de cidadão São Marquense.
O crime é investigado pela polícia civil. O delegado Luciano Pereira não dá detalhes das investigações, mas afirma que está ouvindo testemunhas e que a polícia tem um suspeito.
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