A Polícia Civil de Serafina Corrêa investiga a morte de uma mulher que foi estuprada e violentada no dia 15 de outubro. Marinês Borsato, 47 anos, morreu no dia 12 de novembro, quase um mês depois de ficar internada no Hospital Tacchini, em Bento Gonçalves.
O abuso foi cometido quando estava indo trabalhar à noite, próximo das 23h, em uma empresa de plástico. Marinês encarava jornada dupla, já que durante o dia atendia em um salão de beleza como cabelereira. Ninguém foi preso até agora.
Marinês ficou com o rosto desfigurado e teve ferimentos por todo o corpo. Ela chegou a receber alta do Tacchini cerca de 15 dias depois de internada, mas voltou em menos de 24 horas para o hospital de Serafina Correa, onde faleceu com quadro clínico de úlcera e embolia pulmonar. Precisou ser submetida à diversas cirurgias para recompor a face.
Ainda que o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) que irá apontar as causas da morte fique pronto somente na primeira quinzena de dezembro, familiares têm convicção que a mulher morreu em virtude dos ferimentos causados pelo estupro.
- Só queremos que se faça justiça e que o mesmo não aconteça com outras mulheres - afirma o filho de Marinês, Maicon Barbizan.
A delegada responsável pelo caso, Carla Zanetti, afirma que a vítima prestou depoimentos quando estava hospitalizada. Ela só lembrava que o abusador era moreno e alto, e afirmava que ajudaria a delegada a desvendar o caso quando saísse do hospital. Com a morte de Marinês, a investigação perdeu indícios.
Serafina Corrêa registrou pelo menos quatro casos de estupro em 2014. O número é significativo para uma cidade com o porte de 15 mil habitantes. Uma moradora, que prefere não se identificar, afirma que as mulheres se sentem inseguras e mudaram o comportamento nos últimos dias. Roupas mais conservadoras e evitar saídas noturnas sozinhas se tornaram opções para garantir a segurança.
- Muitas pessoas têm receio de registrar ocorrência, por isso, o número pode ser maior - confirma a delegada.