O promotor de justiça Eduardo Lumertz, de Bento Gonçalves, analisou o inquérito da Polícia Civil e entendeu que ainda faltam elementos para oferecer denúncia sobre a morte de dois jovens em uma abordagem da Brigada Militar no dia 16 de março.
Dentre as medidas, o Ministério Público (MP) requisitou a reinquirição de testemunha e o aguardo do resultado da oitiva de outras que residem fora de Bento Gonçalves, a remessa dos resultados das perícias de exame residuográfico, a obtenção de informações mais precisas, junto a um fabricante de armas de fogo a respeito do possível duplo registro da arma, a realização de perícia complementar no veículo Fiorino e em projéteis supostamente deflagrados durante a ação investigada, a reconstituição dos fatos pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), dentre outras diligências.
Quando tiver de posse dessas informações, o MP analisará novamente e de forma global o inquérito remetido pela 2ª Delegacia de Polícia.
O inquérito foi divulgado em coletiva de imprensa em 30 de abril sem responder aos principais questionamentos sobre a morte de Anderson Styburski, 16 anos, e Danúbio Cruz da Costa, 20.
Mesmo sem poder afirmar se houve confronto entre os tripulantes de uma Fiorino e uma guarnição da BM, o delegado Álvaro Becker arbitrou pelo indiciamento dos policiais militares Edegar Júnior Oliveira Rodrigues, 29 anos, e Neilor dos Santos Lopes, 23, além do motorista da Fiorino, Tiago de Paula, 18.