Cercado por curiosos que se aglomeravam para acompanhar o trabalho de perícia no estacionamento do Hipermercado BIG, na noite deste domingo, o vigilante Claudemir Mello, 48 anos, desabafou sobre os motivos que podem ter levado à execução do filho dele, Wladinei Emerson Mello, 19 anos. O rapaz estava acompanhado da namorada quando um homem o alvejou e, depois, fugiu de táxi.
Confira a entrevista com o pai do jovem:
Pioneiro: Seu filho tinha alguma rixa que possa ter culminado na morte dele?
Mello: Meu filho era perseguido por traficantes. Ele começou a ser alvo da bandidagem depois que matou um traficante, há uns seis meses. Há pouco tempo já tinham tentado matar ele lá no bairro. O tiro entrou pelo peito e saiu pelas costas. Agora, terminaram o serviço.
Pioneiro: Aonde ele matou o traficante?
Mello: No Buraco Quente (Jardelino Ramos). Faz uns seis meses. Depois, tentaram matar meu filho no Jardim América (região conhecida como Antena), onde moramos.
Pioneiro: Perseguiam ele por dívida de drogas?
Mello: Não. Meu filho não usava essas coisas. É briga mesmo. Os caras são bandidos e perseguiam ele e os amigos.
Pioneiro: Vocês pensavam em deixar o bairro?
Mello: Sim. O Wladinei, inclusive, veio até o mercado hoje (domingo) para fazer uma cópia das chaves do apartamento da namorada dele. Ele iria morar com ela em outro bairro pra poder tocar a vida. Aqui (no Jardim América), ele não podia estudar nem trabalhar porque era jurado de morte. Nós (demais familiares) também iríamos mudar de bairro para evitar que coisa pior acontecesse. Mas, não deu tempo.
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