Os principais órgãos de segurança de Caxias do Sul se manifestam com descrédito sobre alerta de possíveis ações do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) na cidade. O Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap), de Santa Catarina, enviou à Susepe, no Rio Grande do Sul, um alerta há uma semana.
O documento revela que um detento ligado ao PGC teria se comunicado com preso da Penitenciária Industrial de Caxias do Sul (Pics) e avisado que viria à Serra gaúcha para matar policiais e agentes penitenciários.
Apesar do discurso da Delegacia Regional da Susepe e da Brigada Militar ser o de que não há provas concretas da existência dessa ligação, algumas atitudes preventivas foram tomadas:
- As únicas informações que recebemos foram pelas poucas linhas do comunicado. Mexemos na escala dos agentes para reforçar as escoltas de presos. Também solicitamos um aporte financeiro ao governo estadual. Tudo em caráter preventivo - revela o delegado regional da Susepe, Roniewerton Pacheco Fernandes.
O chefe da Agência Regional de Inteligência da BM, capitão Flori Chesani Júnior, argumenta que a região não tem o perfil ou histórico de perseguição de facções a policiais. Entretanto, os PMs foram orientados a redobrar a atenção no policiamento, em abordagens a suspeitos e, principalmente, quando estão fora de serviço.
A posição do delegado regional da Polícia Civil, Paulo Roberto da Rosa, não difere muito:
- Não é hora de causar temor nos agentes e na população, porque não existe nada de concreto. Os agentes sabem que, devido à atividade que exercem, devem manter a atenção diária e andar armados. Não existe outra coisa que podemos fazer por enquanto.