A base para o protesto pela morte da adolescente Giulia de Oliveira da Silva, 15 anos, assassinada em Caxias do Sul, foi a casa da mãe dela, a agente de serviço Cenira Rosa de Oliveira.
Lá, vizinhos e amigos se concentraram para produzir cartazes em lençóis e papéis pardos, pintados com tinta e spray e espalhados por portões e grades da Rua Aida Esther da Rosa Del Canalle, na noite de terça-feira.
Ainda na tarde de quarta, os cartazes seguiam pendurados. No chão do pátio da casa da mãe da adolescente, restavam pincéis, tinta preta e uma bandeja de pintura.
Na noite seguinte ao protesto, o empresário Luiz Fernando Oderich, mentor da ONG Brasil sem grades, esteve em Caxias para lançar a cartilha Justiça Seja Feita - Revisão da Legislação Penal Já, em palestra na CIC. Antes disso, a convite do Pioneiro, Oderich visitou a rua, viu os cartazes e conversou com a mãe de Giulia, que prontamente o abordou:
- O seu filho também foi assassinado? E foi feita justiça?
- Não - respondeu Oderich, antes de se juntar a uma roda de chimarrão formada por amigos e vizinhos da mulher, no pátio da casa dela.
O corpo da jovem, grávida de oito meses, foi encontrado na Represa do Samuara no domingo. Ela havia desparecido na sexta-feira. Na segunda-feira, o autônomo Gabriel Stanki Subtil, 18, também morador da rua, assumiu a autoria do crime em depoimento à polícia.
No Pioneiro desta quinta-feira, você lê as impressões de Luiz Fernando Oderich sobre o assassinato da jovem
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