Nos últimos oito anos, Eduardo Farenzena, 25, se envolveu em duas mortes em Caxias do Sul e em outra em Bom Jesus. Além dos assassinatos de Cáren Brum Paim, 22, em novembro de 2010, e do padrasto dele, Ivandir da Silva Mairesse, 33, na terça-feira, dia 13, o rapaz participou de um terceiro caso quando ainda era adolescente.
A morte aconteceu na noite de 28 de setembro de 2003, durante uma briga com Luis Carlos Alves de Souza, 29, em Bom Jesus. O homem não resistiu a um golpe de canivete no peito. Na época, a Justiça entendeu que Farenzena agiu em legítima defesa e, por esse motivo, não cumpriu medida socioeducativa.
Atualmente, Farenzena estava solto por supostamente não representar perigo ao andamento do processo sobre o crime da miss. Na tarde desta quinta-feira, a Justiça decretou a prisão temporária de 30 dias do jovem pela morte do padrasto.
Um detalhe chama a atenção na investigação do assassinato de Mairesse: assim como na morte de Cáren, a mãe de Farenzena, Rosmarina Silveira de Oliveira, 48 anos, é suspeita de ter ajudado a desovar o corpo. Pela participação na ocultação de cadáver da jovem, a Justiça determinou que Rosmarina prestasse serviços comunitários.
O corpo de Mairesse foi encontrado na manhã desta quinta-feira em um barranco às margens da Rua Padre Raul Acorsi, estrada que segue em direção a São Virgílio da 6ª Légua, no interior de Caxias do Sul.
Autor confesso da morte de Cáren, Farenzena recebeu alta do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre, no dia 23 de fevereiro deste ano. Os especialistas concluíram que ele é imputável, isto é, tem plena capacidade de entender o que faz. Entre 17 de maio e 9 de junho deste ano, o jovem fez tratamento contra o uso de drogas no Hospital Parque Belém, em Porto Alegre.
Na época do assassinato de Cáren, familiares da vítima protestaram em frente à casa de Farenzena, no bairro Desvio Rizzo.
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