O Ministério da Educação desbloqueou R$ 11,3 milhões do Instituto Federal de Ciência, Educação e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), que tem campi na Serra. O valor corresponde a cerca de 20% da verba de custeio do ano, conforme a Reitoria. O recurso estava contingenciado e, na sexta-feira (18), o ministro Abraham Weintraub anunciou a liberação do orçamento total do ano para universidades e institutos federais. Na segunda-feira (21), o sistema já apontava o desbloqueio do dinheiro para o IFRS.
O instituto tem 17 campi, cinco deles na Serra: em Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Vacaria e Veranópolis. Conforme o reitor Júlio Xandro Heck, a incerteza a respeito do que ocorreria com o orçamento anual provocou cortes em determinadas áreas que não haverá como recuperar.
— É muito bem-vindo este desbloqueio, mas tem uma série de atividades que não conseguiremos mais executar — resume.
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Entre os prejuízos, Heck salienta os investimentos em projetos de pesquisa e extensão. Além disso, ele explica que insumos de laboratório, ainda que comprados agora, não poderão ser usados neste ano por causa da demora que envolve o rito de compras públicas. Outro aspecto é que visitas técnicas precisaram ser suspensas e não estão mais em tempo hábil de serem realizadas.
Mesmo assim, o reitor diz que os recursos não serão devolvidos ao ministério. A ideia é comprar material para laboratório para o ano que vem e fazer pequenas reformas necessárias que também ficaram suspensas.
Acerca de investimentos, Heck explica que o cenário ainda é pouco otimista. Dos R$ 5 milhões previstos para o ano, o governo liberou apenas R$ 1 milhão para o IFRS. Segundo o reitor, este recurso seria utilizado, por exemplo, na construção de quadras esportivas em campi que ainda contam com a estrutura.
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