Adriano Duarte
Era desanimador ver um grupo de adolescentes da Escola Antônio Avelino Boff, em Fazenda Souza, perto das 9h de sexta-feira. Enquanto colegas de colégio mergulhavam nos cadernos desde as 7h30min, a turma 101 do 1º ano do Ensino Médio aguardava no refeitório à espera do terceiro período de aula, horário em que haveria um professor disponível. Alguns remexiam no celular, outros jogavam conversa fora. Friorentos se aqueciam com um cobertor e corajosos enfrentavam o frio para jogar bola na quadra dos fundos. Forçada por um dos momentos mais difíceis da educação estadual dos últimos anos, a ociosidade em determinados dias da semana persiste na Avelino desde fevereiro. Não é o único caso.
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