
A Polícia Civil investigará se o acidente na Rota do Sol que causou a morte de Rosemar Dutra Hoffmann, 45 anos, na noite da quarta-feira é resultado de um racha. O fato aconteceu por volta das 20h30min no km 150 da RSC-453, passando a empresa Acrylis e o Espaço Nobre Eventos. A vítima era funcionária da Acrylis e seguia para casa depois do trabalho.
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O acidente envolveu quatro carros e um caminhão. Rosemar conduzia um Uno no sentido Caxias do Sul/São Francisco de Paula. Segundo a ocorrência policial, um Golf colidiu na traseira de um caminhão Scania na pista da esquerda. Ambos seguiam no sentido São Francisco de Paula/Caxias do Sul. Em seguida, o carro que seguia atrás, uma Parati, colidiu na traseira do Golf, desgovernou-se e invadiu a pista contrária. Para tentar desviar da Parati, a motorista do Uno desviou à esquerda, invadindo a pista contrária. Ao tentar retornar à faixa de origem, o Uno colidiu com um Gol, que vinha atrás da Parati e do Golf. Com a batida, Rosemar morreu na hora. O Golf, a Parati e o Gol seguiam enfileirados também na pista esquerda. A possível participação de um racha entre os três carros será investigada, mas testemunhas garantem que os carros estariam disputando uma corrida.
— No ponto de arrancada, que foi ali no trevo de Fazenda Souza, saíram a Parati e o Golf. Eles passaram aqui na frente de casa queimando pneu e deu um barulhão. Eu pensei: "meu Deus do céu, eles vão causar um acidente a essa hora da noite". Então, eu liguei para a polícia para avisar. No que terminei a ligação, deu o acidente — afirma uma moradora de São Braz, de 42 anos.
Carros passando em alta velocidade e em circunstâncias que se assemelham a rachas têm transitado com frequência na Rota do Sol, garantem testemunhas. Um dos funcionários de um posto de combustível nas redondezas diz que a cena se tornou comum há cerca de um mês.
— Sempre acontece isso, e não é só no fim de semana. A velocidade em que os carros passaram aqui na frente era horrível — descreve um dos funcionários.
O motorista da Parati, Estevan Cardoso, confirma que seguia em alta velocidade. Ao Pioneiro, ele negou, no entanto, que participava de um racha. Ele ainda afirma que os carros colidiram porque um segundo caminhão teria tentado ultrapassar o que se envolveu na ocorrência.
— Eu acelerei para fazer a ultrapassagem, e não para fazer um racha. Eu estava a uns 110 km/h, pisei no freio e meu carro arrastou. Nós só fomos ver o Uno depois — afirma o jovem de 22 anos, que revela que seguia para um encontro de carros antigos em Caxias do Sul naquela noite.
Cardoso também nega que os condutores do Gol e do Golf fossem seus amigos _ seriam apenas conhecidos por morarem no mesmo bairro.
— Era só excesso de velocidade. A gente não estava apostando nada — garante.