
Cerca de 50 funcionários da Visate, empresa responsável pelo transporte coletivo em Caxias, trancaram a Rua Sinimbu, próximo da Praça Dante Alighieri, na tarde desta quinta-feira. O protesto, que começou às 17h e durou aproximadamente uma hora, foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, que convocou cerca de 1,5 mil funcionários para a manifestação. O trânsito foi parcialmente bloqueado na via. Ao menos 12 veículos ficaram parados.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Tacimer Kulmann da Silva, caso a Visate não apresente uma nova proposta de reajuste, haverá uma greve geral.
Leia mais:
Três em cada 10 alunos do ensino médio de Caxias reprovaram em 2015
Recadastramento eleitoral começa na segunda-feira em nove cidades da Serra
– Queremos que a empresa nos receba e ofereça algo que seja bom para a gente. Nossa briga não é com o prefeito Daniel Guerra (PRB), é com a empresa. A Visate que se entenda com a prefeitura. Se não apresentar u ma proposta decente, a greve vai ser geral. Não vamos parar a rua, vamos parar a cidade – ameaçou Tacimer.
Por volta das 17h30min, um dos ônibus que estava parado voltou a se movimentar. Assim, uma pista acabou liberada e desafogou um pouco o tráfego na região central de Caxias.
– Pedimos a compreensão da população porque precisamos nos manifestar. Visate, não adianta buscar outros responsáveis. A empresa é responsável pelo nosso salário e nosso reajuste. Queremos uma proposta – bradou Tacimer, ao microfone.

Azenira Lazarotto, que afirmou que era funcionária da empresa, disse que os colegas estão sendo desrespeitados. Na sexta, um dia após o protesto, a Visate divulgou que ela não integra o quadro de funcionários da concessionária.
– Nós trabalhamos de sol a sol. Motorista dirige, cobra e tem a responsabilidade de carregar vidas. Merecemos respeito. A Visate tem de nos ouvir. Vamos parar, sim, caso ela continue nos ignorando.
Passageiros da linha L13, que passa pelos bairros Século XX e Mariland, reclamaram do protesto. O veículo em que estavam foi o primeiro a parar próximo da Praça Dante.
– Isso não resolve nada e só prejudica a população. Eu trabalhei o dia inteiro e agora quero ir para casa. Não tenho dinheiro para pagar um táxi. Eles vão deixar a população contra eles – reclamou Terezinha Brito, 51 anos, moradora de Ana Rech.
Por meio da assessoria de imprensa, a Visate afirma que só conseguirá reajustar o salário dos funcionários se a tarifa do transporte coletivo urbano, congelada em R$ 3,40 no início do ano, também for reajustada. A empresa também cobra diálogo com o prefeito para conseguir negociar com os trabalhadores.