Guilherme Justino
Oito iniciativas de incentivo à leitura deixaram os limites das salas de aula de seus municípios nesta sexta-feria para receber o 2º Prêmio RBS de Educação. Escolhidos dentre os 16 finalistas, os projetos envolvem distintas áreas do conhecimento - não apenas em português e literatura - em escolas públicas e privadas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, todos com um objetivo em comum: mostrar a jovens e adultos a importância de ler.
Foram 1.223 projetos inscritos nos dois Estados, e especialistas em educação definiram os 16 melhores. A votação, que seguiu até momentos antes da premiação, foi então aberta aos internautas. O concurso se dividiu em três categorias: Escola Pública, Escola Privada e Jovens Protagonistas - a novidade desta segunda edição do prêmio. Escolhida pelo público, a gaúcha Letícia Cecília Vargas, de Quinze de Novembro, viu sua ideia de levar arte e literatura para diversos municípios render frutos.
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Ela agradeceu sua família, os colegas e as demais finalistas, com quem garantiu ter formado amizade. A outra premiada na categoria, Bruna Donadel, de Timbé do Sul (SC), afirmou que "a educação começa assim, ela é viva, dinâmica, e é a gente que faz".
O grande prêmio da noite, o de júri popular, foi entregue às professoras Ailim Schwambach, de Ivoti, e Susana Tonielo Lazzarotti, de Chapecó, sob muitos aplausos e reações entusiasmadas da plateia.
O anúncio ocorreu durante cerimônia no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, quando foram revelados os escolhidos pelos votos do público e de um júri especializado. Além dela, foram laureadas as iniciativas de Michelle Brugnera Cruz Cechin, na categoria Escola Pública do Rio Grande do Sul, e Carmen Regina Garcia de Lima Vellinho, na categoria Escola Privada do Estado.
Entre os representantes de Santa Catarina, os vencedores foram Evaine Célia Desidério, que desenvolve seu projeto em escola pública; Suellen Freitas Amorim, pela esfera privada; e Bruna da Silva Donadel, a jovem protagonista catarinense. Os vencedores dividirão R$ 156 mil em prêmios.
Para o presidente do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, o prêmio representa o compromisso da empresa com a educação e valoriza o professor. Ele exaltou a grande participação de alunos e escolas dos dois Estados.
- Não há nada mais importante que a educação. Poder apoiar essa causa é algo que nos inspira e nos motiva todos os dias - afirmou ele.
- O prêmio é uma grande vitrine, uma grande celebração, mas só tem valor se as ideias forem realmente praticadas. A execução é fundamental.
Agora, a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec) vão acompanhar o desenvolvimento de cada um dos projetos vencedores, dando apoio pedagógico e prestando consultoria de gestão em visitas periódicas.