Adriano Duarte
Uma série de incêndios criminosos está apavorando moradores da Capela São João, no interior de Serafina Corrêa. Os casos acontecem sempre à noite e são tratados como atentados. A Polícia Civil cogita as hipóteses de vingança ou até mesmo a ação de um maníaco.
A situação é tão alarmante que algumas famílias abandonaram suas casas por medo de ataques. A Brigada Militar (BM) colocou policiais de prontidão todas as noites na comunidade para prevenir e tentar identificar os autores dos incêndios.
Desde o início de junho, os bombeiros foram acionados seis vezes para conter o fogo em propriedades. Os ataques, porém, teriam começado ainda em fevereiro quando uma Saveiro foi queimada numa garagem do agricultor Cenir Dariva, 54 anos.
Até agora, nenhum morador viu suspeitos, o que só amplia o mistério em torno dos casos. Situada às margens da ERS-351 e a quatro quilômetros de Serafina Corrêa, a localidade é cercada por mato, algumas plantações e campo. Residem ali cerca de 40 famílias, e parte sobrevive da agricultura. Até agora ninguém ficou ferido, mas o prejuízo financeiro é visível.
O caso mais recente é da noite do último sábado, dia 15. A residência de Cenir teve o segundo piso destruído. Ele não estava na moradia porque se mudou para a zona urbana justamente por conta de um atentado uma semana antes. Na primeira vez, Cenir dormia sozinho em um dos quartos e não percebeu as chamas.
- Acordei com a Brigada arrombando a porta. Depois de três ataques não tem como ficar aqui - desabafa o agricultor.
O sogro do agricultor também foi alvo. Reinaldo, 84, e a mulher Jurema, 80, escaparam porque uma filha acordou com a fumaça na porta de casa. Vizinhos em frente também tiveram a garagem incendiada e se mudaram.
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