Os ativisitas Eloísa Samy e David Paixão deixaram o prédio do consulado-geral do Uruguai, no Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira. Os dois procuraram abrigo no prédio nesta segunda-feira e pediram asilo político ao país.
Investigados por associação criminosa e acusados de formação de quadrilha armada, Eloisa, 45 anos, e mais 22 ativistas - entre eles Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho -, tiveram a prisão preventiva decretada na última sexta-feira pela 27ª Vara Criminal.
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Segundo informações do Estadão, Eloísa, David e a namorada dele deixaram o prédio no carro oficial da deputada Janira Rocha (Psol). A parlamentar acompanhou o caso ao longo do dia. Segundo Ricardo Villa Verde, assessor da deputada, os três saíram do consulado pela garagem e foram até o bairro São Conrado. Ele disse não saber o que eles fizeram depois.
Ainda conforme Villa Verde, a cônsul-geral Myrian Franschini Chalar teria informado que os ativistas não poderiam passar a noite no prédio. Entretanto, os advogados Rogério Borba e Rodrigo Mondego, integrantes do Coletivo dos Advogados do Rio de Janeiro (CDA), que presta assistência jurídica aos ativistas, não confirmar que os três saíram do prédio.
A orientação era de eles permanecerem no prédio do consulado até que até que haja uma decisão sobre o pedido de habeas corpus apresentado nesta segunda à Justiça do Rio. Mesmo com isso, Borba disse que Eloísa poderia mudar de opinião e sair do prédio.
A decisão de conceder ou não asilo político à advogada Eloisa Samy e ao ativista David Paixão será tomada pela embaixada do Uruguai, em Brasília, que não havia se manifestado até a noite desta segunda.
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Investigados por associação criminosa e acusados de formação de quadrilha armada, Eloisa e mais 22 ativistas - entre eles Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, presa em Porto Alegre no dia 11 -, tiveram a prisão preventiva decretada na última sexta-feira pela 27ª Vara Criminal.
Em vídeo gravado por militantes do grupo Mídia Ninja, dentro do consulado, a advogada, que tem especialização em processo penal, defendeu-se das acusações. Afirmou não conhecer parte das pessoas denunciadas e disse que seu único crime é a "atuação na defesa constitucional do direito de manifestação". Em 2013, ela defendeu manifestantes presos em protestos.
*Com informações da Agência Brasil
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