Frei Jaime Bettega
Há sempre um algo a mais, um porém, um detalhe... Que bom poder pensar e repensar algumas coisas... Assim é a vida: um dia de cada vez!
"O silêncio nem sempre é vazio. Às vezes ele é cheio de respostas."
Há um insistente sentimento perpassando os espaços de convivência: saudades do silêncio. É um sinal com toque de evidente necessidade. Sim, as pessoas já manifestam sentir vontade de provar a quietude, passos menos acelerados, respostas menos urgentes. A pressa tem alterado a normalidade e afetado a interioridade. O cansaço é visível, as consequências vão além das aparências. Há quem tem medo de silenciar, outros entendem a vida somente a partir da agitação.
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Não se trata de criar um padrão, nem consenso. O que está em jogo é a satisfação. Gostar de viver independe do volume dos problemas. A essência clama por espaço, o coração aguarda por serenidade. As lutas diárias, em determinados períodos, não dão tréguas. A todo instante é necessário refazer-se para abraçar outras e mais outras situações. A vida não seria vida se não fosse assim. Tudo depende de como acontece a leitura dos fatos, a percepção dos detalhes, a adequação dos encaminhamentos.
Assustar-se por qualquer coisa, não agrega; emocionalizar o que pode ser minimizado pela compreensão racional é desgaste na certa. Viver supõe equilíbrio. A maturidade tem inspirado muitas decisões. Que tempo maravilhoso quando os passos experimentam a leveza do compasso. O silêncio é cheio de respostas. Reservar minutos diários para aquela solidão que permite um encontro sincero consigo mesmo é fundamental para equalizar algumas questões existenciais. Silenciar as exigências, as cobranças, as decepções, os sonhos não realizados. A experiência do silêncio pode favorecer o melhor encontro: você com você mesmo.
Bênçãos! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraços!
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