Frei Jaime Bettega
Bom Dia!
Às vezes o cansaço é também real e não só imaginário. Vamos lá, mesmo assim, para mais um dia. O ânimo tudo espanta. A semana está sendo de muitas realizações. Viver é muito bom! O dia promete!
"Para onde vão nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos?"
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O silêncio é um espaço necessário à vida. Sem ele, a existência experimenta o cansaço e o sentido de tudo se esvai. Quando a maturidade chega, a necessidade do silêncio também se apresenta. Sentir a profundidade da vida, distante dos ruídos, é quase uma imposição da interioridade. Ninguém consegue viver harmoniosamente sem intercalar momentos. Mas o que impressiona mesmo é que o silêncio comunica o que as palavras não conseguem expressar.
Os meios são sofisticados, os vocábulos requintados, mesmo assim os sentimentos andam sufocados. Quando alguém consegue expressar o que sente, há como que uma sensação de liberdade. Quanta leveza quando a alma tem vez e voz. É tão simples viver. O silêncio pode escapar do alcance diário. Claro, o mundo inteiro não precisa saber o que se passa lá no íntimo. Mas uma pessoa que sabe escutar quem está precisando desabafar, já é o mundo todo.
Ninguém é tão exigente ao ponto de fazer parar uma metrópole para ser ouvido. Mas há algo incrível que cada um pode fazer: escutar a si mesmo! A ressonância poderá surpreender. Tem diminuído o espaço para pessoas ruidosas. Algumas não param um instante se quer de falar. Outras chegam sempre em alto e bom tom. Em alguns ambientes é possível permanecer somente por rápidos instantes. O coração sofre. Como é bonita a vida de quem sabe equilibrar o silêncio com a palavra certa na hora certa. Harmonia perfeita, sinfonia extraordinária.
A humanidade viveria menos adoentada se o silêncio marcasse mais presença no cotidiano. Nada está perdido. Que a saudade do silêncio provoque ainda muitas transformações.
Bênçãos! Paz & Bem! Santa Alegria! Abraços!
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