Pioneiro
Um cachorro paraplégico que vivia na chácara da Soama, em Caxias do Sul, foi retirado da sede da entidade no último domingo por oficiais de justiça, que cumpriam mandado de busca e apreensão. A Justiça deferiu o pedido da ONG Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA), que constatou a precariedade no atendimento ao animal. O cachorro estava se automutilando e já teve o pênis decepado devido ao atrito com o solo, segundo denúncia feita pelo MGDA.
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ONG acusa Soama, de Caxias, de maus-tratos e pede afastamento da diretoria
O MGDA bate de frente com a Soama na Justiça, e pede, inclusive, a saída da atual diretoria, a qual acusa de maus-tratos aos animais. Em postagem no Facebook após o cumprimento do mandado, representantes do MGDA voltaram a fazer acusações contra a entidade e também contra os órgãos fiscalizadores.
A postagem ainda cita um relatório entregue à prefeitura pela Comissão Temporária Especial de Proteção e Defesa dos Animais, da Câmara Municipal, que constatou diversas falha no atendimento prestado pela Soama, além de "maus-tratos" e “animais em precárias condições de vida”. O documento data do último dia 10 e tem a assinatura de 10 vereadores, entre eles o presidente da comissão, Renato Oliveira (PCdoB). O Pioneiro tentou contato com a diretoria da Soama na tarde de ontem, mas não obteve retorno das ligações.
Novas normas às entidades
Nesta segunda-feira, a Associação Caxiense de Proteção aos Animais São Francisco (Apas) foi notificada das novas normas de proteção e bem-estar dos animais em Caxias do Sul. A notificação se deve a uma solicitação do Ministério Público Estadual à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semma). Pelo novo regramento, a ONG fica impedida de receber mais animais e terá de informar à Semma o número de adoções efetuadas, bem como o número de animais que por ventura venham a óbito. Após fazer vistoria na Apas, a medicina veterinária da Semma iniciou os trabalhos na Soama, também com o objetivo de fiscalizar e mapear os animais.
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