Raquel Fronza
O lugar não era tão importante, mas o horário passou a ser crucial. Diariamente, a secretária Michele Lazzari, 32 anos, ficava atenta ao despertador, que a avisava: são 19h. Desde 11 de setembro do ano passado, nesse momento do dia, ela criou uma rotina. Sacava uma seringa da bolsa e aplicava a medicação na região próxima ao umbigo. Dor? Física, nenhuma, garante ela. O único temor que passava por sua cabeça era não conseguir levar até o fim a gestação após dois abortos. A cena se repetiu pelos 267 dias seguintes e serviu para que uma corrente de positividade se fortalecesse em torno da gravidez de Michele, moradora de Bento Gonçalves. Amigos, familiares e vizinhança sabiam que o primogênito Gabriel já nasceria campeão.
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