Morreu, na manhã desta quinta-feira, o ex-vereador João Ruaro Filho, que também lutou contra a ditadura militar. Ele tinha 78 anos e sofreu uma parada cardiorrespiratória na manhã desta quinta. Ruaro foi vereador na década de 1980.
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Como lembrança do período em que combateu o regime militar, em que chegou a ser preso, Ruaro guardou uma certidão expedida pela Casa Militar da Presidência da República, em julho de 1998. O documento contém todos os dados relativos à sua história política. No documento há registros do inquérito policial militar (IPM) instaurado para apurar atividades subversivas no sul do país e da prisão no Dops e no presídio Tiradentes, em São Paulo. Há, também, a data em que ficou livre: 20 de setembro de 1971. Ruaro enfrentou 46 dias de prisão, quando foi submetido a interrogatórios, com socos, pontapés e choques.
De volta a Caxias, pouco depois de ser solto, Ruaro trabalhou em indústrias e logo se envolveu no movimento sindical. Venceu a eleição para o Sindicato dos Metalúrgicos em 1981 e, dois anos depois, assumiu uma cadeira na Câmara de Vereadores até 1988. Eleito pelo PMDB, retornou ao PCB assim que o partido foi legalizado. Atualmente, estava ligado ao PT. Concorreu a vereador em 2000, mas não foi eleito.
- Ele sempre é lembrado pelo histórico de resistência à ditadura. Em Caxias, era uma referência da resistência - descreve o vereador Rodrigo Beltrão, também do PT.
Ruaro estava viúvo há sete anos. Ele teve uma filha, Denise, hoje com 31 anos. O velório ocorre a partir das 12h30min, na sala B do Memorial São José. Ele será sepultado na sexta-feira, às 10h, no Cemitério Parque.
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