Rodrigo Lopes
Uma coisa que fica cada vez mais clara na sociedade contemporânea é a abreviação, quando não o banimento, dos ritos fúnebres. Na era da velocidade, a permanência é negligenciada. E, ao contrário de antigamente, sob o razoável argumento de preservá-las, agora também pouco vê-se crianças em velórios ou enterros.
Há quem discorde e até associe o atual crescimento da desvalorização da vida a essa ausência ou indiferença dos jovens nas liturgias da morte - que são, enfim, atos importantes como marco e consciência da inexorável finitude.
Outro costume que caiu em desuso - atualmente chega a ser considerado de mau gosto - é o antigo hábito de distribuir a parentes e amigos, na missa de sétimo dia, lembrancinhas do morto em agradecimento à presença nos funerais.
Lembranças do intendente Vicente Rovea
Porém, volta e meia todos esses rituais são recordados. Em 2007, o historiador e professor Miguel Augusto Pinto Soares fez uma relevante pesquisa sobre o tema em sua dissertação de mestrado Representações da Morte: Fotografia e Memória.
Funeral de Abramo Eberle em 1945
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