Rodrigo Lopes
A vinícola dos irmãos Rossato consolidou-se como uma referência na história de Caxias do Sul. O empreendimento está associado aos primórdios da imigração italiana e também ao pioneirismo na venda de vinhos para Porto Alegre.
No livro Documentário Histórico do Município de Caxias do Sul (1875-1950), publicado em 1950, o jornalista Duminiense Paranhos Antunes relatou a saga dos irmãos Paolo, Antonio e Marcelino Rossato.
Paolo foi o primeiro a chegar ao Brasil, mais especificamente a São Sebastião do Caí, em dezembro de 1883, juntamente com a esposa Rachele Massignani - no ano seguinte, vieram mais e mais parentes. Já o irmão Antonio Rossato pisaria na Serra em 1886.
Estabelecidos em São Marcos da Linha Feijó, os Rossato dedicaram-se basicamente à viticultura. Visionários, encomendaram duas rodas de carreta importadas da Itália para facilitar o comércio com a capital da então província do Rio Grande do Sul.
O primeiro carregamento de vinho ocorreu em 1889, sendo que o transporte deu-se por uma carroça puxada por duas mulas - uma verdadeira "aventura", conduzida pelos irmãos Paolo, Antonio e Victório por uma estrada estreita e mal talhada nas encostas do morros. Era a estreia não só das rodas como de uma atividade que só seria facilitada com a chegada do trem a Caxias, em 1910.
Posteriormente, os Rossato ampliaram os ramos de atuação. Além da indústria do vinho, ganharam espaço a moagem de trigo e milho, o comércio de produtos coloniais e uma lojas de fazendas e artigos de secos & molhados.
Funcionários da vinícola em meados dos anos 1920. Foto: acervo família Rossato, divulgação
Espaço atual do setor de expedição da Vinícola Rossato, em São Marcos da Linha Feijó. Foto: Roni Rigon
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