A prisão preventiva de dois assaltantes de ônibus de transporte coletivo em Caxias do Sul deu um baque neste tipo de crime em novembro e dezembro. Em outubro, 42 roubos foram registrados. Em novembro, ocorreram apenas seis, queda de 85%. Em dezembro, nenhum caso havia sido contabilizado até o meio-dia de quinta-feira. Os assaltantes - Kauê Matheus Milani Lain, 23, e Flaviano Luis dos Santos Corrêa, 39 - são suspeitos de mais de 10 crimes contra coletivos cada um.
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O primeiro foi preso temporariamente no dia 9 de novembro. O segundo foi detido em flagrante durante um roubo a ônibus no dia 16 de novembro. Ele já tinha prisão temporária decretada.
Os dois não atuavam juntos, ainda que tivessem os mesmos métodos: algumas vezes usavam facas e revólveres, outras faziam menção de estar armados. Por si só, um crime de assalto contra ônibus é respondido em liberdade. Para conseguir a prisão preventiva da dupla, a Brigada Militar, a Polícia Civil e a própria Visate articularam-se e traçaram estratégias. Uma delas foi o comprometimento da empresa com a colaboração dos funcionários, que compareceram à delegacia para depoimentos, identificaram os suspeitos por fotos e, após a prisão, por reconhecimento pessoal.
- Vimos muitos funcionários e a Justiça se sensibilizou com o número de casos em que eles são suspeitos. Claro que eles não são os únicos, estamos investigando outros, mas a prisão deles funcionou como uma alerta para os demais que atuam nesse tipo de crime, que se recolheram -afirma a delegada Thaís Postiglione, titular do 2º Distrito Policial.
O roubo a transporte coletivo oscilou durante todo o ano. No total, foram 177 ocorrências até agora. Junho, por exemplo, registrou dois assaltos. Em julho, foram quatro. Mas houve meses em que o crime disparou: foram 26 assaltos em abril, 43 em agosto e 23 em setembro.
- No início do ano, as linhas assaltadas eram aquelas próximas de bocas de fumo, como nos bairros Primeiro de Maio, Vila Ipê e Santa Fé. Depois, o crime disseminou. Temos o cobertor curto. Quando atacamos um tipo de delito, eles (os criminosos) migram para outros. Várias prisões foram feitas em flagrante de assaltantes de ônibus, mas os bandidos eram soltos dias depois - explica o major Emerson Ubirajara, subcomandante do 12º BPM.
Assaltos a transporte coletivo em 2015