A um mês do prazo estipulado pelo governo do Estado, o futuro da antiga fábrica 2 da Metalúrgica Abramo Eberle, o Complexo Maesa, parece estar definido. O projeto executado pela Comissão Especial para Análise de Uso do Prédio definiu que o espaço de aproximadamente 53 mil metros quadrados se destinará a um centro cultural, aproveitado também pelo poder público, com a transferência de algumas secretarias para lá. O Complexo Maesa poderá também abrigar um mercado público - citado por grande parte da população como uma boa alternativa, além de cinema, o museu da metalurgia, biblioteca, entre outros atrativos (veja abaixo).
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- Será um respiro urbano, um ponto de encontro. Se tivéssemos de escolher um único projeto seria o Mercado Público - adianta a secretária de Cultura, Rubia Frizzo.
Com o plano de necessidade elencado, sugerindo pelo menos 14 ideias para uso do espaço, a comissão cumpre o prazo dado pelo Estado quando sancionou a doação do prédio ao município. A prefeitura tem até o dia 8 de dezembro para entregar ao governador José Ivo Sartori (PMDB) um documento com discriminação de ações e prazos de execução. Após, o município precisa iniciar a execução do projeto no prazo de até um ano, a contar da assinatura de um termo de compromisso com o Estado.
Quem entregará o plano para Sartori será o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT). O encontro ainda não tem data definida, já que o prefeito precisa se reunir com a comissão para entender todas as sugestões.
- Deixamos ele a par, claro, mas tivemos autonomia para sugerir as ações. Dentro de uns 15 dias, divulgaremos toda a proposta para a comunidade, em encontro público -adianta Rúbia.
As sugestões elencadas pela comissão ainda não estão no papel, segundo Rúbia, mas conversam com as orientações transmitidas por arquitetos que ministraram o seminário Maesa - Preservação, Restauro e Uso, na metade do ano. Luiz Antonio Custódio, Ana Elísia da Costa e Marcelo Ferraz acreditavam que a "cidadela" deveria abrigar cafés, bares, espaço para eventos e até museu - ideias contempladas no parecer que será enviado ao Estado.
A comissão responsável pela formulação do documento é formada por 12 representantes que se reuniu mensalmente para discutir a ocupação.
- É importante também o uso e preservação do espaço da praça que há ali, como uso público e uma área de lazer magnífica. Houve harmonia e o trabalho ficou compatível com os desejos da maioria - representante da Associação de Engenheiros, Arquitetos, Agrônomos, Químicos e Geólogos de Caxias (Seaaq), Orlando Michelli.
O Estado estipulou que o complexo se destine a uso público com finalidade cultural, de equipamentos públicos e de funcionamento de órgãos públicos.
AS IDEIAS
:: Transferência de secretarias para o prédio - a prefeitura já pediu ao Estado ocupação provisória para que a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS) se mude para lá com urgência, visando proteger a área;
:: Museu da Metalurgia e de Artes Visuais;
:: Mercado Público, com restaurante, café e espaço para música ao vivo;
:: Multipalco: espaço para apresentações de teatro e de dança, com um teatro de maior expressividade dos existentes em Caxias;
:: Sala de cinema;
:: Espaço para exposições de fotografias;
:: Biblioteca;
:: Espaço cenotécnico, onde ficarão alegorias e construções de desfiles como Festa da Uva ou carnaval;
:: Sala para venda e produção de artesanato local;
:: Sala de ocupação pública, com uso a ser definido (poderão ficar associação de bairro, CTGs, outras entidades, por exemplo;
:: Sala para economia criativa, onde podem ficar empresas startups;
:: Sala para conselhos municipais;
:: Auditório de centro de convenções;
:: Sala para arquivo público que hoje está no Arquivo Histórico, em espaço reduzido.
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