A neta mais velha, Camille, e as filhas Marta, Marilia e Marcia serviram de inspiração para a artista Dilva Annuncia Slomp Conte criar Beatrice, amor platônico de Dante Alighieri.
- Ele tinha a musa dele e eu tive as minhas - conta, rindo.
O projeto, que será inaugurado na Praça Dante neste sábado, às 18h30min, começou em 2013, teve uma breve interrupção, mas foi retomado e terminado em cerca de um ano, com recursos do Financiarte. Em bronze, a obra mede 1,80m e pesa 90kg.
Dilva começou a esculpir há 20 anos, para aplacar a saudade da filha e dois netos que haviam mudado para os Estados Unidos.
Matriculou-se no curso de Escultura e História da Arte na UCS, dentro do programa Universidade da Terceira Idade, descobriu a paixão por esculpir e, ao longo do tempo, fez cursos com mestres como Mayta Pasa, Bez Batti e Xico Stockinger.
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Aos 84, coleciona alguns trabalhos expostos em locais públicos, como os Irmãos Bertussi, no memorial deles em Criúva, o alto relevo Acolhida, na frente do Hospital Pompéia, e uma escultura do pai, Joaquim Slomp, instalada na praça homônima em Forqueta.
Foi lá, aliás, que Dilva nasceu e teve contato pela primeira vez, na infância, com o livro A Divina Comédia, pertencente a um vizinho italiano. A fim de despertar uma curiosidade nas pessoas, decidiu fazer Beatrice sentada, contemplando o horizonte.
Ela quer que as pessoas perguntem " quem é ela?" e, a partir daí, descubram mais sobre o livro e o escritor que dá nome à praça central de Caxias. Deseja, também, homenagear as mulheres, sobretudo as imigrantes italianas, como a mãe dela.
Dilva foi casada por 59 anos com Othon Joel Conte, que faleceu em junho.
Ele era sócio, com o irmão Bernardino, da Mecânica Rodoviária S/ A e do jornal Pioneiro. Além das três filhas mulheres, é mãe de Xico e Beto e avó de Tobias, Samuel ( in memoriam), Felipe e Elena.
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