Tríssia Ordovás Sartori
Na manhã desta terça-feira, a Câmara de Vereadores de Caxias do Sul sediou a sétima rodada de debates do primeiro ciclo do Projeto 2030, criado pela Famurs. Prefeitos, vice-prefeitos e representantes de entidades de classe apresentaram ideias que podem contribuir para o crescimento do Estado nos próximos 15 anos.
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Em um formulário, os participantes também foram estimulados a responder: que sonho tem para o Estado e como ele pode ser viabilizado. O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PT), coordenou os trabalhos. Segundo ele, é importante projetar o futuro de forma coletiva.
- Nos falta a cultura de pensar um pouco adiante, precisamos criar uma unidade política para isso. Os partidos não importam - afirmou.
A metodologia do trabalho se dá em formato de contribuição - já que não há uma pauta ou um texto pronto -, com escuta sistematizada e gestão do conteúdo apresentado nas falas. Cada interlocutor apresenta, sob seu ponto de vista, quais são as prioridades estratégicas que devem ser buscadas para proporcionar o desenvolvimento do Rio Grande do Sul.
O prefeito de Caxias, Alceu Barbosa Velho (PDT), falou sobre a necessidade de formulação de um modelo de arrecadação e distribuição de recursos, já que o futuro está sendo pensado.
- Como vamos fazer isso? Certamente, não com ações individualistas - destacou.
O prefeito de São Marcos, Demétrio Lazzaretti (PP), lembrou da situação preocupante dos municípios gaúchos:
- Vivemos um presente angustiante, mas isso não deve impedir que a gente pense nos próximos 15 anos.
Já o prefeito de Boa Vista do Sul, Aloísio Rissi (PMDB), reiterou a fala do coordenador Jairo Jorge, dizendo que o coletivo deve estar acima de questões partidárias. Além disso, falou da importância de se investir no setor primário.
O presidente do Corede/Serra, José Adamoli, lembrou das dificuldades de tirar projetos do papel e reclamou da precariedade das estradas do Estado.
- Vivemos numa região com economia de Primeiro Mundo e infraestrutura de país subdesenvolvido - disse.
O ciclo de debates iniciou no dia 8 de setembro, em Bagé, na região da Campanha. A intenção é abranger os 497 municípios gaúchos por meio das 27 associações regionais. Os três ciclos seguintes propõem debates temáticos, análise de dados e apresentação dos resultados, em abril de 2016.