A baixa oferta de leitos de UTI públicos no Estado expõe os pacientes ao risco de vida. Desde a noite de quinta-feira, um bebê de um ano aguarda por um leito em São Marcos. São quase 24 horas de espera e luta pela vida. Ana Cristina do Nascimento Reichenbach está internada na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital São João Bosco, que não tem UTI.
Segundo o pediatra Jorge Butelli Junior, a menina sofre de fortes crise se asma. Por volta de 22h30min de quinta-feira, esteve em iminência de uma parada respiratória. A equipe médica conseguiu reverter o quadro da paciente, que não tem plano de saúde.
- Estamos fazendo o que a gente pode - alerta o médico.
Ainda na quinta-feira, o médico acionou a central de leitos, telefonando para reguladoras em Caxias do Sul e na capital. Na manhã de sexta-feira, obteve a resposta de Caxias de que um leito no Hospital Geral (HG) poderia ser liberado em 24 ou 48 horas. Na capital, ouviu apenas que não há previsão.
Conforme o médico, Ana Cristina tem um quadro de broncoespasmo severo (fechamento dos brônquios).
A coordenadora da 5ª Coordenadoria Regional da Saúde (5ª CRS), Solange Sonda, diz que a busca por uma vaga para a garotinha ocorre nas centrais de Caxias do Sul, do Estado e de Porto Alegre. Conforme Solange, ela também foi incluída na lista da capital porque seria moradora de São Leopoldo e teria passado mal em um passeio em São Marcos, quando foi internada.
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