Caxias do Sul deve amanhecer, na quarta-feira, com assembleias em portas de diversas fábricas e atos em repúdio à lei das terceirizações (PL 4330/14). O manifesto integra o Dia Nacional de Paralisação.
Até o final da manhã desta terça, não havia confirmação sobre as empresas em que ocorreriam os manifestos. A princípio deve haver concentração em 10 pontos. O objetivo é informar os trabalhadores sobre o projeto, cujo texto principal foi aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada.
Os sindicatos dos Metalúrgicos, Comerciários, Rodoviários e o dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação de Caxias do Sul (Sindilimp) confirmam participação.
- Somos radicalmente contra a lei das terceirizações, é um retrocesso - diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo.
O Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) promete apenas se solidarizar à causa. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Tacimer Kulmann da Silva, somente na manhã de quarta-feira será decidido de que forma a categoria irá apoiar o ato.
- Vamos aproveitar para entregar um material explicando o que é a PL 4330, porque os trabalhadores não estão bem informados. Neste primeiro momento queremos esclarecer do que se trata - destaca o presidente do Sindicato dos Comerciários, Silvio Frasson.
No Estado, entidades ligadas ao Cpers (escolas estaduais) confirmaram participação. A 4ª Coordenadoria Regional da Educação (4ª CRE), em Caxias, não foi informada da adesão de nenhum professor estadual da cidade ou da região na manhã desta terça-feira.
Também não há confirmação de participação de profissionais da área da segurança em Caxias do Sul. Às 11h de quarta-feira, representantes de associações da Polícia Civil, do serviço penitenciário e da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho - Brigada Militar - RS (Abamf) devem se reunir para divulgar uma carta à sociedade.
Na tarde desta terça-feira, juízes do trabalho pretendem paralisar atividades por 15 minutos, entre 15h e 15h15min, inclusive em Caxias do Sul.
O projeto de lei permite a terceirização da mão de obra em todas as etapas da cadeia produtiva, liberando a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade, e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. O projeto também prevê a forma de contratação para empresas privadas e públicas. Trabalhadores defendem que a lei irá deteriorar o mercado de trabalho. Empresários afirmam que a iniciativa trará maior formalização e empregos.
O governo de Dilma Rousseff (PT) é contrário ao projeto, embora o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defenda-o.
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