Desde o ano passado, os principais corredores de ônibus em vias centrais de Caxias do Sul são concretados. Embora o material seja mais caro do que o asfalto, o custo-benefício deve compensar o investimento, segundo a prefeitura. O secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade, Manoel Marrachinho, estima que a vida útil das pistas concretadas seja de 25 anos. As obras integram as melhorias do Sistema Integrado de Mobilidade (SIM Caxias).
A alta durabilidade deve impactar nos cofres públicos. Conforme Marrachinho, os corredores de ônibus asfaltados requerem manutenção frequente. Ele cita as ruas Pio XII e Sinimbu, asfaltados, onde reparos são executados a cada dois ou três anos. A durabilidade do concreto justificaria o preço do concreto, estimado em 18% mais do que o asfalto.
- A lógica do governo é não encarar pelo preço, mas pelo custo-benefício. Estamos trazendo economia ao contribuinte, na medida em que a prefeitura vai parar por cerca de 25 anos de fazer investimento na manutenção - entende o secretário.
Se a durabilidade é maior, o tempo necessário para secar o concreto também: são 45 dias. Marrachinho explica que em 28 dias, normalmente, o concreto atinge 95% da resistência a que pode chegar.
Segundo o secretário, as boas condições oferecidas pela pista de concreto devem aumentar o tempo de utilização dos coletivos. Ele explica que a vida útil dos pneus, hoje estimada em 108 mil quilômetros, deve aumentar em 10% quando os veículos passarem a circular nas pistas concretadas. Com o desgaste menor, consequentemente a manutenção da frota deve diminuir. A longo prazo, isso deve impactar no cálculo da tarifa do ônibus.
- Esse componente de manutenção representou aproximadamente 22 centavos na última tarifa. Claro que não vamos diminuir esses 22 centavos, mas qualquer ganho conta para o saldo tarifário - avalia.
Marrachinho também cita a maior segregação visual do corredor de ônibus como outra vantagem, além da proteção maior à canalização.