Se antes as queixas mais recorrentes dos motoristas da Serra gaúcha se direcionavam à Rota do Sol, que neste verão, de forma inédita, está em melhores condições de trafegabilidade, agora, a RSC-453, também com alguns quilômetros na ERS-122, mostra que precisa urgentemente de atenção.
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A rodovia está tomada pela vegetação. Além disso, há buracos, a sinalização está precária e até pardais sucateados, desativados anos atrás, seguem expostos na rodovia, confundindo motoristas. Nos 33 quilômetros que compreendem o Shopping Iguatemi, em Caxias, até o trevo da Telasul, entre Garibaldi e Bento Gonçalves, pelo menos 55 placas estão encobertas pelo matagal. É preciso esforço para identificar avisos importantes com indicações de curvas acentuadas, velocidade máxima, ultrapassagem proibida, entre outros.
Na área urbana de Caxias, o ponto mais crítico fica no Desvio Rizzo, próximo ao MartCenter Shopping, na rótula que dá acesso ao bairro. Além do matagal, há lixo em cima do gramado crescido do canteiro central. Na sequência, próximo da antiga praça de pedágio, o mato contorna a placa que indica a presença do Grupo Rodoviário de Farroupilha. Buracos aparecem a partir da imagem de Nossa Senhora de Caravaggio, com ondulações na rodovia e exigência de atenção redobrada, já que para desviar, carros invadem pista contrária. Mais adiante, próximo do posto Cavalleri, dois pardais desativados desde novembro de 2010 dão a impressão de que estão funcionando e causam confusão no trânsito, já que nem todos os condutores sabem que o controlador não multa. O Daer afirmou em maio do ano passado que começaria a remoção dos itens.
Ainda assim, ao longo dos 33 quilômetros, o trecho mais preocupante está entre Bento Gonçalves e Garibaldi. É raro encontrar uma placa que esteja completamente visível. São apenas seis quilômetros e mais de 20 placas tomadas pela vegetação. A situação se repete nos trevos do Barracão, que dá acesso a Bento pela RST-444, e o da Telasul, que desemboca na RSC-470, cenário de frequentes acidentes. É difícil enxergar até mesmo a placa que indica a entrada de Bento Gonçalves. No entanto, percebe-se que alguns cruzamento estão com a poda em dia. Trata-se de empresas que adotam e executam reparos, como a ITM, em Farroupilha, o Farina Park Hotel, em Bento, entre outros. Em dezembro do ano passado, a Codeca fez reparos próximo ao Desvio Rizzo, mas a companhia não pretende repetir o serviço, já que a responsabilidade não é dela.
O Pioneiro tentou contato com o Daer na tarde da segunda-feira, mas não obteve sucesso.