André Fiedler
Os primeiros passos para tirar do papel o Campus da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na Serra serão dados somente no ano que vem. O prazo foi revelado pelo vice-reitor da instituição, Rui Vicente Oppermann, em reunião nesta quarta-feira na sede da universidade, em Porto Alegre. O encontro reuniu prefeitos da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), com o objetivo de conferir o andamento da implantação de uma unidade na região.
De acordo com o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, o vice-reitor confirmou a intenção de criar um campus na Serra, mas que a prioridade no momento é a consolidação da unidade de Tramandaí, cujas aulas começam no próximo dia 22. Somente depois de cinco ou seis meses, período para avaliação do funcionamento da nova unidade, é que as atenções serão voltadas para a Serra.
Por enquanto, segundo Pasin, a universidade trabalha no modelo de ensino a ser adotado na região, já que não há intenção de concorrer com instituições já existentes.
- Ninguém discute a localização neste momento, eles estão trabalhando na ideia do campus. Qual seria a vocação, se seria voltado para pesquisa, pós-graduação ou graduação e cursos tecnológicos - afirma.
Embora o local onde funcionará a UFRGS na Serra ainda não seja discutido, os prefeitos ofereceram uma nova área para a unidade. É um terreno de 22 hectares no Vale dos Vinhedos, na divisa entre Garibaldi e Bento Gonçalves. No espaço funcionava uma estação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa. Por isso, não seria necessário desapropriar a área, já que ela pertence ao governo federal.
Esse é o segundo terreno oferecido para a construção do Campus. O outro fica no 1º Distrito de Farroupilha, próximo ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio.